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Você é Redator?

Você é Redator?

Quando a palavra Redator vem à mente logo pensamos em jornalismo, em uma redação lotada de jornalistas escrevendo notícias, empenhados em comunicar os acontecimentos mais importantes do mundo. Não. Diferente do jornalista, o redator publicitário não é uma pessoa tão chata assim. Brincadeiras a parte, as duas profissões estão cada vez mais parecidas.

Não nascemos com uma vontade incontrolável em escrever textos para anúncios, vontade de fazer campanha publicitária, de vender, muito pelo contrário, a vontade que toma conta do ser humano atual é a de comprar, e a função do redator publicitário é essa, fazer com que as pessoas comprem. Então o redator é um vendedor? Teoricamente, todo publicitário é um vendedor, mas de áreas diferentes. Um vendedor com curso superior, com uma bagagem de conhecimento e técnicas de “convencimento” diferenciadas. Mais do que gostar de escrever, mais do que gostar de reescrever, mais do que gostar de desafio, o redator tem que pensar e traduzir criativamente em palavras exatamente o que o consumidor pensa, e assim oferecer mais do que o consumidor precisa, oferecer o que ele nunca pensou que precisaria, e agora, precisa. Apesar das diferenças entre o redator de publicidade e de jornalismo, a publicidade tem caminhado cada vez mais para a produção de conteúdo relevante, deixando de lado o lúdico para dar lugar aos fatos.

A história de que uma imagem vale mais que mil palavras nem sempre é verdade, dá pra escrever bastante coisa com mil palavras viu? Mas isso é coisa de jornalista. O redator publicitário tem que ser curto e direto, persuasivo, impactar o público-alvo com precisão, despertar sua curiosidade. O título é o que faz o anúncio funcionar, a partir dele o texto é desenvolvido, e mais do que quantidade, é preciso ter qualidade. O título perfeito destaca o maior benefício do produto com criatividade na medida certa. Não é uma regra começar pelo título, o objetivo final é o mesmo: comunicar.

Às vezes o famoso “textão” é necessário em alguns anúncios, como produtos que envolvem considerações de preços e tempo. Não é para sair enchendo linguiça por aí, a poluição do texto com frases vazias pode criar um abismo enorme entre o produto e o consumidor final. Veja bem, eu não disse que o redator publicitário não pode fazer textos longos, o que ele precisa é fazer seus textos baseados nos 3 C’s básicos de comunicação: conteúdo, coerência e concisão. Proximidade é a palavra-chave para a criação de um texto publicitário atrativo. Ao criar uma relação com o consumidor final, a marca passa a oferecer mais do que produtos, passa a oferecer confiança e passa a fazer parte do estilo de vida do seu consumidor.

Depois de impactar o público-alvo, a marca precisa manter-se ativa na mente do consumidor e, o desafio de uma comunicação criativa torna-se diário. Como dizia David Ogilvy: O importante não é como você fala, mas o que você fala. O texto é uma escultura, esculpida aos poucos, de detalhe em detalhe. Escrever é a arte de reescrever.