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#NãoTiraoBatomVermelho

#NãoTiraoBatomVermelho

Por Júlia, Paula, Regi e Gabi.

“Feminista: a pessoa que acredita na igualdade social, política e econômica entre os sexos.”
Chimamanda Ngozi Adiche

Estamos em 2015 e ainda se fala sobre igualdade de gênero no mercado de trabalho. Segundo o estudo divulgado pelo Banco Interamericano Desenvolvimento – BID – homens recebem salários 30% maiores que as mulheres no Brasil. A pesquisa faz uma comparação entre os salários de pessoas com as mesmas características demográficas e de emprego.

Não se trata de charme, de ser conhecida do chefe, ou parente de alguém, trata-se de competência, de estudo, de luta, tudo isso é o que faz com que as mulheres sejam aptas para ocupar os melhores cargos no mercado de trabalho. Contudo, a tradição ainda acredita que não estamos habilitadas e que a “fragilidade”, ou o “sentimentalismo” a nós atribuído e até mesmo a nossa aparência, pode tornar difícil a entrada e estabilidade da mulher no mercado e até interferir na sua remuneração.

Por anos temos sido julgadas pelo tamanho de nossas roupas, pelo comprimento de nossos cabelos, pelo nosso peso e até pela cor do batom que escolhemos. “Batom vermelho não é coisa de mulher decente”, dizem aqueles que adoram alimentar o estereótipo da mulher princesa, delicada, recatada e quase muda. O que todos nós precisamos entender é que esses detalhes são mais do que simples comentários, são discursos que refletem preconceito e julgamento, quando tudo o que queremos é apenas demonstrar nossa competência, com ou sem batom, de pijamas ou de vestido de festa.

Aqui na Marketeria, temos o privilégio de desfrutar de um ambiente de trabalho marcado pela igualdade e livre de preconceitos. Sabemos que essa é uma realidade que felizmente está se espalhando e tomando conta de muitas empresas, mas a luta ainda é grande. Precisamos permanecer firmes para empoderar aqueles que ainda não se dão conta e para lutar por um ambiente de trabalho digno às nossas filhas e a todas as mulheres do futuro.

Recentemente, a cantora e comediante Clarice Falcão, lançou um clipe com uma versão da música Survivor (https://youtu.be/NlxFf40Lqx4), para apoiar a causa. O clipe também faz referência ao vídeo feminista de sucesso da Youtuber Jout Jout, “Não tira o batom vermelho” (https://youtu.be/I-3ocjJTPHg).

Ao longo dos anos, os homens também têm se mostrado importantes apoiadores dessa causa. Em 2014, foi lançada a campanha da ONU Mulheres HeForShe – “ElePorEla”, em tradução livre –, um dos maiores movimentos de solidariedade do século 21. Seu objetivo é colocar homens no centro do ativismo e do diálogo para acabar com as persistentes desigualdades enfrentadas pelas mulheres em todo o mundo.

Colocar o tema em discussão e em evidência em redes sociais, em vídeos no Youtube, e em músicas, ajuda a promover o debate. Quanto mais se falar sobre isso, melhor. O importante é que a gente toque nesse assunto e não pense que é vitimismo, exagero e que saibamos que, como mulheres, somos capazes e estamos prontas para poder fazer sempre mais e melhor, independente de qualquer estereótipo.