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Ciao Itália

Ciao Itália

Acordei decidido a passar o dia todo em Milão, já que nos outros dias estava viajando pelas regiões que queria conhecer. Após definitivamente devolver “LA TCHÊNIQUE” (com tanto tempo de carro já sabia praticamente andar sem GPS pela cidade), segui rumo ao também já conhecido Metrô de Milão.
Mapa na mão, a Catedral DUOMO (3ª maior do mundo) foi a primeira parada. Desta vez queria fotografá-la durante o dia.

O próximo objetivo era conhecer a famosa quadra da moda de Milão, com grifes como GUCCI, PRADA, Calvin KLEIN e muitas outras, que como as citadas, conseguiram criar uma mística quase religiosa em torno de suas marcas.

Acontece que após visitar esses lugares, acabei me arrependendo de ter desistido de ir até Roma. Milão já não teria muito mais coisas pra fazer e a essa altura já era muito tarde para pegar alugar um carro e rodar 590 Km só de ida. Mas meu espírito mochileiro falou mais alto, segui então para a estação de trem, que por sinal estava com muita fila e poucos atendentes. Nisso os Italianos pecam um pouco, o atendimento e a qualidade de alguns serviços, mesmo sendo caros é no mínimo deficiente.

Exatamente as 12:15 eu estava no trem que seguia rumo a ROMA. Previsão de chegada, 15:45 h, retorno marcado para o último trem expresso, as 21:00 h. Sim, é pouco tempo, mas muito pior seria não conhece-la.

Chegando em Roma, iniciei minha jornada rumo aos principais pontos turísticos em um ritmo frenético. Uma rápida parada para adquirir um mapa da cidade com as rotas do Metrô e em pouco tempo lá estava eu em frente ao Coliseu. Situado junto as ruínas do antigo Império Romano, com centenas de edificações em um estado de conservação impressionantes, esse conjunto todo é um lugar que fica difícil de descrever. Tamanha a minha realização de ver de aquela Maravilha tão de perto, contrastando com a cidade “nova” em volta.

Mas, como tudo na vida tem um preço, e o de Roma é bem salgado, a arte de explorar o turismo por lá beira a excelência. Guias que falam espanhol, inglês e italiano fluentemente orientam os turistas como pagar para entrar ali, acolá ou como pagar mais caro para evitar as intermináveis filas. Como o tempo era minha moeda mais valiosa, adivinhem se eu não paguei?

Depois de caminhar muito, mas muito mesmo, pela Roma antiga, segui para a praça de San Pietro e o Vaticano, uma visita quase que obrigatória  de quem está em Roma. Desta vez o Metrô não era tão do lado por isso minha jornada de caminhadas continuava constante.

O Vaticano também é um lugar bacana, tem os soldadinhos que usam aquelas roupas ridículas e a catedral é imensa. Acho que é o adjetivo correto para a dona do título de maior catedral do mundo. Muitas imagens captadas, inclusive o fato de o sol estar começando a se por, formaram-se um raios de luz no topo e valorizaram ainda mais a beleza do lugar.

A essa altura do campeonato, de tanto caminhar, meus tendões estavam começando a repuxar, do calcanhar até a panturrilha. Eu ainda tinha tempo para ir a praça Navona e pra ajudar a linha de metrô não era perto. De onde eu estava, era melhor ir caminhando.

Após mais algumas várias quadras mancando, lógico que com paradas fotográficas, cheguei a Praça Navona, onde tem uma fonte famosa, que diz a lenda que quem beber daquela água vai voltar a ROMA.

A praça estava lotada de turistas, artistas de rua e o comércio gastronômico ferve a sua volta. Para se refrescar as pessoas se molham com a água da fonte e as crianças até enfiam suas cabeças. Deve ter vários loucos que já se jogaram ali, por mais que eu queria voltar a Roma, eu que não ia beber daquela água. Uma molhadinha na mão tava de bom tamanho e já deu pra sentir que estava bem gelada!

Como a luz natural já estava terminando, eu já tinha fotografado bastante coisa, e não teria tempo pra qualquer outro ponto turístico, peguei um taxi para conseguir chegar ao Metrô e ir até a estação Central. Minhas pernas já não respondiam direito, e a passos lentos, carregado com mochila + Maquina no pescoço + a tele objetiva em um case separado (imaginem a cena), cheguei na estação Ferroviária pra encarar mais 3 horas de trem de volta a Milão.

Posso garantir que Roma é muito mais bonita e limpa que Milão, é piú bela! Mesmo assim as pessoas jogam lixo e bitucas de cigarro no chão, sem a menor cerimônia. O metrô é um pouco pior e bem mais cheio, provavelmente por sua população que me pareceu ser igualmente maior.  A vantagem de Milão é sua localização estratégica que permite ir pra vários outros destinos, inclusive países, com muito mais facilidade que Roma.

Para encerrar a narrativa do meu dia, cheguei em Milão as 00:30 h, somado ao tempo de caminhada (as vezes eu vou até o limite da dor) até o hotel, e finalmente dormir, eram quase 2:00 h. Para fazer o chek in com uma margem de segurança levantei as 04:50 h pois meu vôo estava marcado para as 07:15 h!!!! Quanta disposição!

O cansaço está me ajudando na volta, pois estou conseguindo dormir dentro do avião, local de neste momento, estou escrevendo este post.

Conforme eu havia imaginado, o pacote anunciado pela CVC como 5 dias e quatro noites, é na verdade 2 chás de aeroporto e 3 dias completos. O primeiro e o último “dia”, pelo menos pra mim praticamente, não existiram!

Apesar de curta, creio que eu soube usar com inteligência a minha estadia na Itália. Recomendo e pretendo repetir!